terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Boas ideias no TEDx Amsterdam: Porque precisa a luz de escuridão?

Você já ouviu falar em TED?




TED é uma organização sem fins lucrativos, que significa Technology, Entertainment and Design (Tecnologia, Entretenimento e Design), e tem como slogan "Ideas worth spreading" (Ideias que merecem ser espalhadas). Foi fundada nos Estados Unidos em 1984 e a primeira conferência ocorreu em 1990. As conferências, bem famosas no mundo inteiro, consistem na exposição de boas ideias sobre diversas áreas do conhecimento.

Cada apresentador tem até 18 minutos para expor sua ideia e os vídeos gerados nesse congresso são bastantes divulgados no mundo inteiro. Entre os palestrantes das conferências estão Bill Clinton, Al Gore, Gordon Brown, Richard Dawkins, Bill Gates, Billy Graham (fundador do Google) e diversos ganhadores do Prêmio Nobel.

No espírito de que boas ideias merecem ser espalhadas, em 2009, o TED criou o TEDx, que é um programa de eventos locais e organizados de forma independente, com o objetivo de reunir pessoas para dividir uma experiência ao estilo TED e assim conseguir atingir um público maior.

Mas e o que isso tem a ver com arquitetura? Boas ideias sobre a nossa área também aparecem pelas conferências do TED. Hoje vou indicar um vídeo MUITO BOM que meu professor da pós graduação passou em sala de aula. 

A palestra é do arquiteto Rogier van der Heide, Diretor de Design da Philips Lighting, e tem como título "Why light need darkness" (Porque precisa a luz de escuridão). Ele inicia a palestra com a seguinte frase de Le Corbusier "Luz cria ambiente, a luz dá a sensação de um espaço e a luz também é a expressão de estrutura" 

Assistindo o vídeo podemos entender mais sobre o efeito luz e escuridão. Além disso, ele fala também sobre a lâmpada LED, última tecnologia em lâmpada no mercado. 



OBSERVAÇÃO: O vídeo acima não está completo. Não achei no YouTube o completo com legendas em português. Mas quem tiver interesse em ver o vídeo até o final, é só acessar o site do TED através do link https://www.ted.com/talks/rogier_van_der_heide_why_light_needs_darkness?language=pt.

E para conhecer mais sobre o trabalho de iluminação do arquiteto Rogier van der Heide, segue link de seu site pessoal http://www.rogiervanderheide.com/.

Boa inspiração pessoal!!

domingo, 25 de janeiro de 2015

Conhecendo os tipos de lâmpadas residenciais


Hoje vamos falar sobre os tipos de lâmpadas usadas em residências e a diferença entre elas. É importante conhecer cada uma, saber suas vantagens e para que servem, a fim de indicar ao seu cliente o melhor produto para o seu projeto.

Partindo dos primórdios, a lâmpada foi criada por Thomas Edison em 1878 e a partir de então a indústria foi se desenvolvendo e surgiram novos tipos de lâmpadas. Hoje, iremos falar das lâmpadas mais comuns em uso residencial: incandescentes, halógenas, fluorescentes e LED.

Mas, antes de falar especificamente de cada tipo de lâmpada, vamos falar sobre alguns parâmetros: eficiência luminosa, tempo de vida da lâmpada, índice de reprodução de cor e temperatura de cor. Conhecendo bem esses parâmetros, podemos comparar melhor os diferentes tipos de lâmpadas.

Eficiência Luminosa (lm/W):

É o custo benefício da lâmpada. Quanto ilumina por consumo de energia. Para saber a eficiência de uma lâmpada devemos ter como informação dois dados: fluxo luminoso e potência.
Lúmens é a unidade de medida do fluxo luminoso. Para saber qual lâmpada ilumina mais, não devemos nos basear pela potência e sim pelo fluxo luminoso (lm) indicado na embalagem do produto.
A potência é dada em Watts (W) e indica o consumo de energia da lâmpada (W/h).
Portanto, se dividirmos o fluxo luminoso pela potência, temos a eficiência luminosa da lâmpada, representada em lm/W.

Tempo de vida (h):

Tempo de vida é a duração em horas da lâmpada. 

Índice de Reprodução de Cor (IRC):

A reprodução de cores de uma lâmpada é indicada pelo IRC, quanto mais próximo este índice for ao IRC 100, mais fielmente as cores serão vistas. Isto ocorre porque o que enxergamos é o reflexo da luz que ilumina os objetos, já que no escuro não vemos cores.
O IRC tem como parâmetro a luz do sol, que é a iluminação que reproduz fielmente as cores reais.
Índices de 75 a 100 são considerados bons, abaixo disso compromete muito a reprodução das cores. 

Temperatura de cor (K):

A temperatura de cor expressa a aparência de cor emitida pela fonte de luz. A unidade de medida é em Kelvins (K) e a escala varia conforme apresentado no gráfico abaixo. Ao comprar uma lâmpada, podemos ler na embalagem: branco quente (luz suave) ou branco frio (luz clara). Branco quente quer dizer lâmpadas de cor amareladas e branco frio quer dizer lâmpadas de cor azuladas. Cada ambiente pede uma cor de lâmpada apropriada.

Luz suave (amarela): indicada para ambientes que necessitam de uma iluminação aconchegante, confortável e tranquila, como salas, quartos, corredores e sala de estar.

Luz clara (branca): indicada para ambientes que necessitam de uma iluminação estimulante, eficiente e vibrante,como cozinhas, banheiros, áreas de serviço e escritórios.










 OBS. Na embalagem da lâmpada podemos ler todos os parâmetros apresentados acima.


Agora que conhecemos os parâmetros para analisar uma lâmpada, vamos falar sobre cada tipo.

As incandescentes são as mais antigas, com menor eficiência luminosa, menor tempo de vida e melhor reprodução de cor. Seu uso é muito comum em residências. A temperatura de cor é branco quente (amarelada), a cor mais indicada para ambientes de descanso, como salas de estar, jantar, quartos, etc.

Seu futuro no Brasil está com os dias contados, já que a fabricação e a importação das lâmpadas de 100 W e 150 W foram proibidas em 2013, as de 60 W foram proibidas em 2014 e as de 25 W e 40 W serão em 2015.

Essa decisão já ocorreu em outros países mais desenvolvidos, como a Austrália, os países da Europa, os EUA e até a Argentina. A lâmpada incandescente não é sustentável: gasta mais energia, ilumina menos (apenas 5% do que produz é transformado em luz, os demais 95% são transformados em calor) e tem vida útil menor que as demais lâmpadas. 

Eficiência luminosa: 12 a 15 lm/W
Tempo de vida: 750 a 1.000 horas
IRC: 100% 
Temperatura de cor: 2.700 K



As halógenas são lâmpadas incandescentes que possuem elementos halógenos, como o iodo ou bromo dentro do bulbo. No entanto, possuem maior eficiência luminosa que as incandescentes comuns. São muito utilizadas em projetos de iluminação por permitir o uso de ângulo de abertura. Seu ponto negativo é a grande emissão de calor e atualmente vem sendo substituída pela lâmpada LED.

Eficiência luminosa: 17 a 30 lm/W
Tempo de vida: de 2.000 a 5.000 horas 
IRC: 100% 
Temperatura de cor: 2.700 a 3.200 K
Ângulos de abertura: 8°, 10°, 30° e 40°



As fluorescentes são compostas por um vidro coberto por um material à base de fósforo e dentro dela há gases inertes à baixa pressão que se ionizam quando é aplicada uma corrente elétrica, gerando luz. Possui alta eficiência, boa aparência de cor (não tanto quanto as incandescentes e halógenas) e baixo consumo de energia.

São ecologicamente corretas por reduzir a exploração dos recursos naturais e consomem menos energia. Contudo, possui um ponto negativo. Contém mercúrio em seu interior, substância perigosa a nossa saúde, e o seu descarte final nem sempre é feito de maneira adequada. Portanto, ao descartar as lâmpadas fluorescentes da sua casa, procure uma destinação adequada. Geralmente supermercados e postos de saúde possuem pontos de coleta. Informe-se na sua cidade. 

Temos dois tipos mais comuns de fluorescentes: a compacta e a tubular.

Fluorescente compacta
Eficiência luminosa: 40 a 70 lm/W
Tempo de vida: 6.000 a 12.000 horas
IRC: 85%
Temperatura de cor: 2.700 a 6.000 K








Fluorescente tubular
Eficiência luminosa: 70 a 115 lm/W
Tempo de vida: 7.500 a 15.000 horas
IRC: 70 a 95%
Temperatura de cor: 2.700 a 6.000 K







As LEDs (Lighting Emitted Diodes) são as lâmpadas mais modernas. Convertem energia elétrica em energia luminosa, através de pequenos chips. É um produto ecologicamente correto, pois seu consumo de energia é muito baixo e apresenta uma vida extremamente longa (20 a 45 mil horas em oposição a 6 a 15 mil horas da fluorescente). Tem sido uma boa opção para substituir as fluorescentes. O ponto negativo ainda é o seu alto custo no mercado. 

Eficiência luminosa: 80 a 140 lm/W 
Tempo de vida: 10.000 a 100.000 horas 
IRC: 60 a 100%
Temperatura de cor: 2.500 a 6.000 K









Por fim...

As lâmpadas fluorescentes e LEDs podem ser encontradas em ambas as cores (branco frio e branco quente). Para conhecer mais sobre os tipos de lâmpadas disponíveis no mercado, recomendo baixar o Guia de Bolso da Philips, disponível no site http://www.lighting.philips.com.br/pwc_li/br_pt/connect/Assets/pdf/GuiaBolso_Sistema_09_final.pdf. Neste Guia de Bolso é possível ler detalhadamente cada parâmetro apresentado neste post.

Iluminação é um ramo muito amplo da Arquitetura. Tem mestrados e doutorados específicos nessa área. Estou cursando MBA em Edificação Eficiente e Construção Sustentável no IPOG e já tive dois módulos específicos sobre este assunto. Tive a honra de poder aprender com dois professores doutores: Dr. Isaac Roizeinblatt e Dr. Daniel Feldman. Portanto, ainda tenho muito conteúdo para compartilhar com vocês nos próximos posts (oba!).

Espero ter ajudado a clarear um pouco sobre este tema que faz parte da nossa rotina. Um beijo and keep going. Work hard and you will succeed!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O primeiro post é sempre o mais empolgante!

Para o post de estreia, vou começar me apresentado e explicando qual objetivo e público alvo deste blog. Para quem já deu uma breve lida no perfil do blog.. essa da foto sou eu! Tenho 28 anos, formei em Relações Públicas pela UFAM e me especializei em Comunicação Empresarial e Marketing. E o que isso tem a ver com arquitetura? Pois é.. dizem que tem pessoas que nascem com vocações e eu suponho que eu tenha sido uma delas. Nasci com o "Q" de arquiteta. Quando eu tinha 11 anos minha mãe me presentou com a assinatura de uma revista... qualquer uma que eu quisesse.. e o que eu escolhi? Capricho? Atrevida? Não! Escolhi Casa Cláudia, porque ela vinha com uns fascículos que literalmente me fascinavam. E eu colecionava. Desenhava. Fazia sketchs.. Com 12 anos fiz a planta baixa da minha casa (leia-se um terreno de 750m²). Fiz uma proposta de reforma para o meu pai, caso ele quisesse transformar a casa em 2 pavimentos. E se alguém me ensinou a usar a trena, a ter noção de escala, dimensionamento? Não. E naquela época nem tinha Google pra gente Google It. Eu simplesmente sabia fazer tudo isso (não me pergunte como).

Bom! Os anos se passaram e eu cresci dizendo que seria arquiteta. But, entretanto, todavia, contudo, as coisas não aconteceram da forma que eu previa. Quando fui prestar vestibular para a federal da minha cidade, não tinha arquitetura. Pasmem! Só tinha uma única faculdade que oferecia esse curso e era privada. E diga-se de passagem, o olho da cara. Como meus irmãos faziam UFAM, eu tinha que fazer também, escolhi minha segunda opção, ser comunicóloga. Entrei na UFAM aos 17 anos e me formei com 22. Certo! Emendei com a pós-graduação e dizia para mim mesma que não teria paciência de fazer outra faculdade.. mais 5 anos? Sem chance! E deixei a minha vocação interior adormecer.

Um belo dia, trabalhando como Relações Públicas de uma construtora, resolvi fazer um intercâmbio. Fui para a Austrália com 24 anos e por lá fiquei 5 meses... Sem palavras para descrever a experiência de conviver com diferentes culturas. Morava numa república (share accommodation) com mais 8 pessoas, sendo de 5 nacionalidades diferentes. Que maravilha! Foram os melhores 5 meses da minha vida. Mas um dia você parte de volta pra casa e aí vem o sentimento de depressão pós-intercâmbio.
Lá vai eu, em busca de um novo emprego, na área de comunicação e sou contratada novamente por uma construtora. Até que caiu a ficha, tinha 26 anos de idade.. não estava feliz na profissão, e agora? O que fazer? Como diz nosso grande escritor Augusto Cury "Nunca Desista dos Seus Sonhos". Fui lá, encarar mais 5 anos de graduação. E quer saber? Foi a melhor decisão que já tomei na vida!

Faço arquitetura por paixão. Me sinto bem em cada aula que assisto. É como se tivesse sede de aprender sempre mais. É um curso que exige tempo e dedicação. E por isso tive que abrir mão de algumas coisas (financeiras) para dedicar mais tempo aos estudos. Sou daquela aluna que pergunta tudo, questiona tudo e não aceita tirar nota baixa. Tenho como meta coeficiente acima de 8,5. E é estudando muito que tenho conseguido alcançar minha meta.

E porque a criação do blog? Durante minhas pesquisas para trabalhos da faculdade, tenho tido dificuldade em achar certos conteúdos e respostas para algumas dúvidas que surgem durante o período de formação. Daí surgiu a ideia de criar um blog para vocês, estudantes de arquitetura. Espero poder ajudar e compartilhar os conhecimentos que tenho adquirido ao longo desses dois anos e meio de faculdade. Como Relações Públicas, parto do princípio "Fazer as coisas bem e torná-las públicas".

Let's do it!!!